segunda-feira, 24 de maio de 2021

Educação, Sociedade e Contemporaneidade: Os novos rumos da Educação para o Século XXI.

  Boletim Informativo do Núcleo de Estudos Foucaultiano. Ano 9 – Nº 0006. Maio/ 2021 – São Raimundo Nonato.



Ensaio. 

FARIAS, Gênesis Num de; FARIAS, Enos André de. (Org.s). "Educação, Socidade e Contemporaneidade: Os novos rumos da Educação para o século XXI". In: Ensaios de Pesquisa em Educação. – Paulo Afonso/BA: Oxente, 2021. Prefácio do Livro.


Gênesis Naum de Farias.

Professor Auxiliar II do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia na Universidade Estadual do Piauí – UESPI/ Coordenador do Núcleo de Estudos Foucaultiano.

 

Enos André de Farias.

                              Mestre em Educação, Cultura e Territórios Semiáridos./ Doutorando em Educação pela Universidade do Estado da Bahia – UNEB/DCH III.



Muito se fala atualmente, sobre a nova sociedade que se estrutura para o século XXI e para os séculos seguintes. Aqui se assume o compromisso de discutir as questões que interessam às mudanças cruciais ocorridas nas últimas décadas no território da Educação Básica, que trazem consigo a necessidade de se repensar de forma profunda a estrutura das inúmeras instituições de ensino. Para isso, abordar-se-á imediatamente o que faz deste início de milênio um período tão singular: as simultâneas revoluções tecnológicas e o acesso massificado à informação. A seguir, serão analisados os efeitos desses fatores nas instituições de ensino.

Primeiro, torna-se importante pensar quem são os atores que compõe o cenário da Educação no Brasil, que papel exerce nos ditames dessa educação quando os interesses nacionais são colocados e confrontados com o cenário internacional. O Brasil possui um lugar de destaque como componente do BRIC (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), oscilando entre a 9º e a 6ª economia mundial, enfrentando o desafio de avançar internamente sob uma situação real que já dispõe de dados colocados por pesquisas, relacionadas ao ensino e pesquisa como atividades que reconhecem na qualidade a necessidade de avançar com relevância significativa.

É provável o reconhecimento em torno do esforço de avançar pela reestruturação, expansão e consolidação dos Institutos de Ensino, das Universidades, das políticas de formação continuada para a Educação Básica, repensando salário, carreira e promoção docente, porém as reações práticas a esses avanços na realidade sócio-política dos ambientes educacionais têm demonstrado objetivamente que Educação não é a prioridade significativa para o país. Que futuro se pretende como identidade de Nação, um país que trata com descaso e atitude descompromissada a situação da sua Educação? “[...] Seremos no futuro um país miserável com uma economia caminhando para despontar na lista dos primeiros mundos, porém donos de uma nação listada por semianalfabetos que afirma numericamente que avançou, criou possibilidades de aumento no número de vagas abertas para qualificar discentes através de números que não condizem com a realidade qualitativa de um forte compromisso com o futuro. Esse contexto resvala na questão de quem faz diretamente os procedimentos técnicos para se financiar e gerir as políticas públicas de Educação.”. (Manifesto dos Educadores da UNIVASF em prol de políticas de Educação de Qualidade, 2011).

No geral o que se percebe publicamente é a ingerência de economista supervalorizando e quantificando dados, políticos definindo as metas de projeção e os educadores sendo deixados de lado quando o assunto é pensar valores para melhorar o cotidiano nas escolas através de políticas de inclusão e qualificação. Lacan enfatiza: “[...] Só é ensino verdadeiro aquele que consegue despertar uma insistência naqueles que escutam, este desejo de saber que só pode surgir quando eles próprios tomarem a medida da ignorância como tal – naquilo em que ela é, como tal, fecunda – e isto também vale para aquele que ensina.”. (1985, p. 260). Portanto, falar de Educação é basicamente trabalhar com o conhecimento.

O homem moderno vive numa época em que a produção do conhecimento tornou-se crucial para o desenvolvimento econômico e social. Conceitos como sociedade do conhecimento, economia do conhecimento, gestão do conhecimento e sociedade aprendente são amplamente utilizados para caracterizar a sociedade do século XXI como uma sociedade relativa à informação. Contudo, a educação nacional está em crise porque não se preocupa com as prioridades que servem para elevar a autoestima e ampliar as aprendizagens a um patamar que dê formação e conhecimento suficiente a toda a população para enfrentar as dificuldades oriundas da inserção dos novos saberes em uma globalidade de acontecimentos que atende pelas novas tecnologias inserida no mundo real.

Os indivíduos necessitam de informações para poder sobreviver num mundo gerenciado por tecnologias que a cada novo dia se renova, se aperfeiçoa. Então, como se podem formar homens para enfrentar esse novo padrão de vida? Desde a Revolução Industrial, na Inglaterra, que o ser humano passou a disputar com máquinas um lugar no mercado de trabalho. Esse mesmo homem está inserido na chamada era da revolução tecnológica, onde a máquina se modernizou, foi aperfeiçoada e começa assumir o lugar de milhares de homens no mercado produtivo. Com isso, os conceitos de educação tiveram que mudar.

Dilemas são enfrentados todos os dias no ambiente das salas de aula e, um dos mais complexos é o fato do educador muitas vezes não dominar uma prática discursiva coerente com seus anseios políticos, que lhe dê motivação para enfrentar problemas básicos como: pouca familiaridade com o ambiente escolar; falta de prática pedagógica e contato insuficiente com as diversas modalidades de ensino. O processo educativo só se transforma em prática consciente quando o educador reflete sobre suas concepções e é capaz de justificá-las para a comunidade em que está inserido.

Um dos grandes obstáculos para que se alcance esse objetivo são tornar claro para todos os educadores quais são os pressupostos epistemológicos em que se fundamentam suas crenças a respeito da educação. No entanto, há um perfil que vem sendo anunciado para o educador do futuro que atende pelas premissas do projeto de ressignificação e ampliação do papel do educador na educação básica. Essa discrepância entre o discurso e a prática demonstra que nem todas as ações operacionalizadas no ambiente escolar são frutos de uma posição política fundada em parâmetros críticos.

É preciso superar essa prática comum que impera em muitas instituições de ensino. O fato é que muitas vezes o discurso oficial só cobra o compromisso de quem educa ou está na função de educador, fazendo dos paradigmas emergentes, que envolvem esses educadores, os maiores responsáveis pela não transformação do contexto real da sala de aula, porém é preciso atentar-se ao preceito que diz que quando um esquema cognitivo torna-se inadequado para dar sentido ao mundo, ele é substituído por outro.

Portanto o novo perfil pensado para o educador do milênio atende por alguns enunciados técnicos que perfazem a lógica cultural da Educação pelo educador. São eles: a) boa formação: buscar permanentemente a qualificação; b) uso das novas tecnologias: utilizá-las como recurso a favor dos conteúdos; c) utilizar-se das novas didáticas: buscando um jeito novo de ensinar cada componente curricular; d) trabalhar em equipe e trocar ideias; e) planejar e avaliar sempre observando as reorientações do trabalho pedagógico); f) postura profissional: voltada para o protagonismo social. Esse é o paradigma do professor pesquisador que se atem as habilidades e competências e as colocam a serviço da lógica educativa como um elemento de profissionalização dos saberes no ofício docente. (MARTINS; MOÇO, 2010).

Essa tendência lança as bases econômicas-pedagógicas para uma renovação produtiva que não se atém a repetir as concepções analíticas e tecnicistas dos anos 70 e 80, mas quer traçar outros cenários para a própria formação da Educação Básica. O estudo das competências fez de Philippe Perrenoud, o autor, nessa área, mais lido por parte dos indicadores nacionais. Para ele, a noção de competência se equipara a capacidade de utilizar saberes para agir em diversas situações, onde, desde o nascimento, os sujeitos trazem em si alguns processos de maturação como elementos que serão desenvolvidos em forma de aprendizagens ao longo das fases da vida, e que são preparadas para adaptarem-se às diferentes situações que a própria vida os permitir.

Ainda na década de 1970, uma nova pedagogia tornou-se realidade no Brasil: A Educação Tecnicista. Essa nova tendência pedagógica tinha como objetivo formar os estudantes brasileiros para o trabalho nas indústrias e no comércio. Escolas Técnicas foram criadas, uma nova proposta pedagógica foi inserida e o antigo segundo grau foi dividido em estudos gerais, para formar estudantes que enfrentariam o vestibular e cursos profissionalizantes, a exemplo de técnico em contabilidade e agronomia, para aqueles que enfrentariam o mercado de trabalho. Essa tendência no Brasil, com o fim de regime militar, também foi extinta, pois o retorno da democracia e o avanço cada vez maior das tecnologias requeriam alunos preparados psicologicamente e didaticamente para viver em sociedade e para o mercado de trabalho, permitindo a participação efetiva em três esferas: o setor produtivo, a sociedade civil e os processos políticos.

Nisto, é importante lembrar que o discurso emancipatório da Modernidade se baseia na apropriação conceitual de dois pilares: a) a vigência da sociedade do trabalho; b) a justificativa da existência do ser social como um sujeito consciente de sua individualidade, mas que não se priva do convívio em sociedade. Por isso esse projeto de emancipação humana fracassou, por se concentrar apenas no processo técnico, tendo como resultado final a degradação social. As novas competências, lançadas pelos teóricos para enfrentarem a situação exposta, exige da sociedade do conhecimento, mais informação e constante aprimoramento.

A partir de 1996, com a aprovação da Lei Nº 9.394/96, a conhecida Lei de Diretrizes da Educação Nacional, novas mudanças foram inseridas no contexto educacional brasileiro. E, precisamente, o que nesses tempos se modificou foi a definição da ideia de localidade no mundo, que na contemporaneidade não é mais a noção de que fisicamente se pertence a um país mas à ideia do trabalho em torno do qual se processa a informação acessível a todos que modificou e tomou outros contornos dando uma nova cara às alteridades que compõem o cenário político do trabalho manual pelo intelectual. Essa é a melhor definição do capital cultural processando informação para definir o global pelo capital social.

Para que o cidadão possa assumir o papel de ator nesse novo patamar social, o desenvolvimento das competências se dá pela compreensão de valores sociais e morais oriundos do processo de socialização, num mundo cada dia mais competitivo, perverso e extremamente estressante, envolto numa combinação política e cultural que o leva a diferentes situações. O conhecimento, nesse mundo de múltiplas informações, tornou-se importante para a adaptação da espécie, mas somente o conhecimento técnico não pode mudar suas vidas. É preciso moldar os conhecimentos com novas aprendizagens, preparando a todos para enfrentarem diferentes situações, sendo aluno e professor na escola da vida. Para tanto, é preciso formar professores para a docência que, consequentemente, deem contornos distintos a identidade profissional e as práticas desafiadoras dos professores, ampliando o desenho dos projetos que desejam formar para si e para o mundo, através da educação.

Primeiro, há um projeto a ser modificado que passa pela concepção de homem que se quer permanentemente ser pensado e depois pelo projeto de escola que forma para as aprendizagens significativas, quer seja, pela formação do pensamento intelectual ou das práticas discursivas, que o futuro educador processa já agora, se contrapondo a formação bancária do ensino na zona rural ou urbana. Através do profícuo entendimento da interação entre as fronteiras do discurso educacional, o educador passa a compreender as práticas discursivas que se alinham pelos saberes pedagógicos, pelos saberes políticos, pelos saberes culturais, pelos saberes transversais (interdisciplinares) que trazem relevância social à prática do educador quando este faz de sua representação o elemento intelectual que promove novos agentes culturais para multiplicarem os processos de enfrentamento à cultura dominante.

Para tanto, é preciso pensar a prática docente como uma prática reflexiva que dê ao educador capacidade de perceber o seu ofício de professor com a percepção da profissionalização, dando-o como acesso ao status da profissão, a propriedade laboral, política e social. O próprio Perrenoud (2002) levanta essa questão e a amplia para focar a profissionalização como um dos elementos principais para se alcançar a razão pedagógica.

E, para ampliar o referencial do contexto exposto, faz-se necessário pensar nas questões que Henry Giroux problematizou para o lugar social do educador pelo trabalho intelectual através do esforço de compreensão da formação do formador de opinião: Quais são as variantes morais segundo as quais construiremos a nós mesmos como agentes sociais de mudançaDe que maneira podemos nos reposicionar enquanto educadores contra a cultura dominante a fim de reconstituir nossas próprias identidades e experiências e aquelas de nossos estudantes? Como podem os educadores construir um projeto pedagógico que legitime uma forma crítica de prática intelectual? (2002, p. 124).

Diante do exposto, é notório pensar no contexto educacional da sala de aula como um espaço interdisciplinar onde se aprende assuntos de relevância social capazes de criar novas perspectivas para os efeitos práticos da dominância cultural pela ideologia vigente. Por isso faz-se importante perceber que com a evolução tecnológica e a popularização do computador, bem como da internet, o ser humano passou a ter um novo espaço para buscar o conhecimento. Nesses espaços multiculturais conhecidos como ambientes virtuais de aprendizagem se aprendem desde técnicas militares a operacionalidade de uma bolsa de valores. Aprendem-se as leis da química e da física sem a necessidade de ir a um laboratório. Com efeito, a escola passou a ser coadjuvante no ato de educar, deixou de ser o cenário principal e o professor muitas vezes mal-informado, sem vínculo com outros meios de comunicação, deixou de ser guardião do conhecimento, passando a condição de “parceiro” nesta incansável busca. Se a escola não mais é o cenário único de aprendizagem, então para que existe escola ainda? Porque não se extingue as escolas e passam a formar em seu lugar centros de informática onde o aluno se conecta nas redes sociais, faz a leitura dos assuntos, faz exercícios e vai jogar bola?

A ideia não é ruim, nem nova. Muitos autores já escreveram sobre o assunto, porém não se pode esquecer que o objetivo da educação é formar o homem para a vida em sociedade e para o trabalho. Nisto, a escola torna-se com seu projeto pedagógico, esse lugar socializador onde alunos, professores e comunidade, interagindo, produzem cidadãos preparados para a vida social, seja qual for a sua realidade. Esse papel é tão importante quanto aprender ou ensinar a geografia física do Brasil.

Um dos maiores desafios da educação nesse milênio é ensinar os alunos a apreender conteúdos, formar suas convicções e esboçar soluções, pois este será o dilema maior que enfrentarão fora dos muros da escola e da Universidade. Outro desafio preponderante que se coloca para melhorar o ensino quer seja na zona urbana quer seja na zona rural é pensar nas três principais perspectivas para se alcançar o ensino de qualidade: pensar no inchaço do currículo, pensar na profissionalização que atente ao estatuto da profissão, pensar no domínio técnico.

Mas para se conceber uma escola no campo ou na zona urbana que ensine para a vida, é necessário que se tenha professores reflexivos, que tenham conhecimento do seu papel social, que queiram redescobrir a cultura de cada um no seu lugar de origem. É preciso também ter uma educação de qualidade que torne seus profissionais reconhecidos e valorizados, senão se produzirá pessoas desiludidas, ensinado às pessoas desacreditadas, vivendo um eterno mal-estar cotidiano. Este modelo de educação muda a percepção de profissionalização do professor, dando a ele o acesso ao status da profissão. A pesquisadora Maria Alice Setubal afirma que “a qualidade da educação é proporcional à qualificação dos professores”. (2011, p. 34).

A própria Setubal denuncia a ingerência de muitos economistas no território político da educação e aponta outro problema: “[...] na maioria dos casos, as análises ficam restritas aos números e não foca a sala de aula. Por isso, acho ser preciso colocar os educadores em pé de igualdade com os economistas. Não se trata de uma competição para definir quem sabe mais, nem mesmo de uma abordagem quantitativa versus outra qualitativa. A contribuição dos professores é o olhar que incide no pedagógico. [...] Uma mobilização para resgatar o valor simbólico da profissão. Hoje, as pessoas praticamente pedem desculpas ao dizer que lecionam. Precisamos aproveitar esse momento em que é crescente a percepção da sociedade sobre a relevância da educação. [...] Não podemos esquecer o professor e o estudante. Não faz sentido só olhar para aspectos mais periféricos, como a gestão, e achar que tudo será resolvido.”. (2011, p. 36).

Assim, o contexto das competências está relacionado ao “saber fazer” e a busca por novas metodologias e novas formas de ensinar ao resgatar os valores culturais de cada aluno, de cada comunidade.  Ao ensinamento voltado para a exemplificação e, sem dúvida a ânsia pelo novo, porque o educador precisa estar aberto diariamente para novas aprendizagens. Só assim poderá ser capaz de ensinar e aprender a se colocar dentro da efervescência virtual que tanto tem caracterizado essa nova época. 

Os pilares da educação para o novo milênio se mostram favoráveis ao contínuo aperfeiçoamento dos quatro eixos norteadores e fundamentais para a formação: aprender a fazer, ser, conviver e aprender a apreender para efetivar um ensino que venha sanar a dívida que o sistema educacional tem com nossas próprias incertezas históricas. (UNESCO, 2002. – In: Relatório “Educação, um tesouro a descobrir”).

A escola, os professores e os alunos devem, antes de tudo, estarem sintonizados com a informação. Essa é uma exigência espontânea que se faz necessária nas instituições que tratam da moral social e sobretudo, da educação. Os tempos estão cada vez mais agitados e a escola deve acompanhar de forma salutar essas transformações, revivendo e reestruturando novos e antigos conceitos/axiomas que dão possibilidade à vida em sociedade. O conceito de ética, moral, estado, religião e relações de trabalho estão sendo desafiados e contestados pelos avanços genéticos, pelas inovações tecnológicas disfarçados em grandes blocos informativos que viajam em forma de arquivos através dos ambientes virtuais de aprendizagem. Essas são vertentes que têm modificado a natureza das relações entre as pessoas em todos os seguimentos institucionais e a escola deve orientar a reflexão sobre essas mutações e assim estabelecer uma educação reflexiva com alunos e professores reflexivos, afinal a formação dos sujeitos é o reflexo da sociedade onde ele está inserido.

Diante do exposto, percebe-se que os Desafios da Educação para o Século XXI, enfrentados pela escola no campo ou na zona urbana, em suas linhas mais gerais, a escola deverá enfrentar as incertezas desses territórios sociais para trazer a realidade para dentro da sala de aula, dando outro sentido para o fazer intelectual pelo trabalho racional. 

Paulo Freire (2002) chama a atenção para a necessidade de se pensar o papel da escola em uma sociedade em transformação, e diz que é preciso conhecer a realidade para oferecer o estudo dos conteúdos específicos historicamente constituídos e compartilhados, buscando compreendê-los para possibilitar ao aluno a compreensão do mundo em que vive através do processo de humanização que constitui o ser humano na sua plenitude, transformando sua vida e colocando os conhecimentos a serviço da construção de uma realidade melhor, mais justa, solidária e plena.

Freire também pensa no papel do professor como sujeito histórico de transformação e afirma ser necessário acreditar na possibilidade de mudança sendo de fundamental importância que este sujeito seja portador da esperança para assumir a condição de sujeito histórico de transformação da realidade escolar, articulado à realidade social mais ampla. Ser um sujeito transformador é estar em permanente construção para se tornar aprendiz e mediar a realidade enfrentada pelo aluno versus o conhecimento que se processa no amplo despertar pela busca do próprio conhecimento, favorecendo as aprendizagens do aluno rumo ao percurso de construção do ensinar para aprender, e impreterivelmente, o educador tem que ser um eterno mediador.

 

 Ω

 

 Referências Bibliográficas.

 

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