Família Naum de Farias
(...) No livro do Armeiro-mor dos Farias, João Du Cros deixa
registrado a história desta família tida como uma das mais antigas de Portugal,
pertencente ao Morgado de Faria, termo que caracterizava a Vila de Barcelos, no
sopé do monte da Franqueira, em cujo cimo se ergueu o Castelo dos Faria. Há
registro que mostra a origem desta família no enleio toponímico de perspectiva
geográfica, por isso a insígnia que os representa se projetou em outras
famílias nos princípios do Reino de Portugal, tendo a condição geográfica como
elemento de fundação. Do monte da Franqueira
se veem ainda as ruínas do castelo medieval que abrigou em tempos remotos
Cavaleiros Templários, oriundos da Igreja Romana, que defendeu Gonçalo Nunes de
Faria, em tempos de guerra contra Pedro Rodrigues Sarmiento, adiantado de
Galiza, que o tinha sitiado, em tempos de El-Rei
Dom Fernando. Tudo isto ocorreu quando Nuno Gonçalves de Faria presenciou a
morte do pai, que estava prisioneiro dos Castelhanos, por não conseguir
persuadi-lo a se entregar. Foi Nuno Gonçalves de Faria, progenitor desta
família, sendo ele o Alcaide do Castelo de Faria. A descendência deste herói é
das mais ilustres, visto que seu sangue misturou-se às principais Famílias
Portuguesas. (...) Deste contexto de linhagem se instituiu o Morgado de Agrela,
em Barcelos e, entre 1355 e 1423, nasce o Fidalgo Joaquim Naum de Farias, filho
de um Prior Franciscano, que em anos tardios, mandou nomear o vínculo que os
instituiriam como família descendente, diretamente, do Cônego da Sé de Braga,
Dom Gonçalo Anes de Faria. No livro do Armeiro-mor João Du Cros, encontra-se a
insígnia dos Naum com águia romana
ostentando o símbolo Ômega, representado ali numa perspectiva de significado
invertido para caracterizar o infinito, distinguindo-se, assim, da linhagem dos
Farias, que tem nas armas a representação do elmo de ouro. De amarelo ouro e
asas bem abertas, uma águia ilumina o símbolo de uma família afortunada pelos
tons do infinito quando a luz das cores deste Ex-Líbris dá o sentido perfeito desta mística. Este Brasão
identifica a estirpe de uma lendária família de homens de Ciência e Arte que,
ao longo dos séculos contribuíram para consolidar o espírito democrático de
Fraternidade Carbonária. (...) As Armas dos Naum são compostas por um escudo representado
pelo símbolo Omega, caracterizando o
infinito. Timbre: Uma águia romana, armada em dourado, posto de frente, tendo
nas garras um quadro com letra romana e laços que representam a unidade.