sexta-feira, 15 de março de 2013

O Ofício do Arqueólogo: O Currículo em Tempos de Subjetividade e Crise.


 
Gênesis Naum de Farias, Prof.º Esp.ª Do Colegiado de Pedagogia na Universidade Estadual do Piauí – UESPI/ Coordenador do Núcleo de Estudos Foucaultiano; Prof.º Esp.ª Do Colegiado de Ciências da Natureza na Universidade Federal do Vale do São Francisco – UNIVASF. E-mail: nucleofoucaultiano@gmail.com


Lennon Oliveira Matos, Estudante de Arqueologia e Preservação Patrimonial na Universidade Federal do Vale do São Francisco – UNIVASF; Membro do Núcleo de Estudos Foucaultiano – Universidade Estadual do Piauí – UESPI. E-mail: lennon.matos@hotmail.com

 

RESUMO

A discussão deste ensaio crítico assume o compromisso de refletir as questões que interessam às mudanças cruciais ocorridas nas últimas décadas na formação do arqueólogo no território do ensino superior, se propondo a compreender os enunciados teóricos que documentam os diferentes olhares que estruturam nossas instituições de ensino, se preocupando em pensar os desafios significativos da profissão do arqueólogo para a contemporaneidade através dos novos rumos que a educação, através do currículo, enfrentará no século XXI, tendo como eixos centrais o domínio técnico numa época em que a produção do conhecimento tornou-se crucial para o desenvolvimento econômico e social. Daí a importância de se repensar o lugar da Universidade como espaço de subjetividade e seus dispositivos de controle instituídos pela Razão Pedagógica. Neste cenário, para que se alcance o objetivo proposto é preciso tornar claro para todos os atores educacionais quais são os pressupostos epistemológicos que norteiam o currículo oficial em tempos de subjetividade e crise.

Palavras-Chave: Arqueologia; Currículo; Práticas Pedagógicas; Subjetivação; Tecnologias de Si.
 
 
Introdução: O Ofício das Contradições.
 
Entre o onírico e o real, o passado é um fantasma que assusta, reacende princípios, exalta valores, se fecha ou se fortalece, mas continua no passado como um problema, para o presente pensar o futuro. Isso ocorre com a trabalhosa profissão do Arqueólogo. Ele carrega nos ombros a matéria da existência, e nesta busca por uma razão esclarecedora suas observações podem redefinir mundos, forjar verdades, fortalecer identidades ou até subjugar homens. Esta questão é pertinente! O que o passado ainda nos reserva? O que ainda precisamos aprender com ele para enfrentarmos o futuro e impor nosso próprio tempo? É bom pensar na hipótese do Arqueólogo Walter Neves quando se debatia com o problema do Povoamento Americano: “De onde teria vindo Luzia? Seria ela remanescente de um povo extinto, que ocupou a América há milhares e milhares de anos e acabou dizimado em guerras e catástrofes naturais?” Hoje a Universidade de Manchester, na Inglaterra, endossa o trabalho do nobre brasileiro que se habilitou a estudar a descoberta de 1975 e que atende pela máxima: “o crânio de Luzia é o mais antigo fóssil já encontrado nas Américas”. Se a ciência tem razão, eis uma questão a se descobrir! Mas o que esse exemplo tem haver com o Ofício do Arqueólogo? Às vezes gosto de pensar a Arqueologia como a ciência da mentira, da impostação, dos feudos diplomáticos, das comiserações, das conveniências... E penso nos serviços prestados por esta ciência para uma humanidade desde sempre desumana, raquítica, pobre, despossuída de beleza e com valores arcaicos e cheios de perversas certezas.
É quando me volto ao trabalho do profissional da Arqueologia e vejo as singularidades nas parcerias com outras disciplinas dentro do discurso da Ciência Moderna e quero ressignificar meus conceitos para voltar a acreditar que a mesma sempre foi entendida como a “ciência que estuda os restos matérias dos povos do passado”. Atualmente, essa é uma área de mercado que vem conhecendo muitas modificações e ganhando novos métodos e amplos objetos de estudo, podendo propor outras formas de empreendimento laboral, frente às demandas regionais e ecológicas, jurídicas e culturais. A Arqueologia ao longo do tempo ampliou conceitos e propôs rupturas, mas nunca perdeu de vista o estatuto do conhecimento que a leva a se preocupar com o estudo das antigas culturas da humanidade. Atrelado a isto, é nominalmente taxada de “velha”, “antiga”, “arcaica” e outros arquétipos mais. No geral, os arqueólogos limitam o entendimento a percebê-la como disciplina a partir do exato instante em que se passou a explicar procedimentos em detrimento apenas de colecionar objetos.
Então, a Arqueologia é definida na maioria das vezes como o “estudo sistemático dos restos materiais da vida humana já desaparecida” (isso quando a definição parte da necessidade do estudo de antiguidades); quando o seu estatuto passa a se preocupar com comportamentos, ela é enfática: “É a reconstrução da vida dos povos antigos”. Há também os que a consideram uma subdisciplina; os que se preocupam apenas com as culturas humanas; os que se cercam das manifestações materiais das ditas culturas; os que vendem suas almas ao dinheiro ou os que se filiam ao “contrato” (câncer para o ensino formal e intelectual). Enfim, há gosto para tudo nesta ciência, porém o importante é nunca perder de vista que se deve ter algum tipo de comprometimento com a seriedade científica.
Veja que mesmo havendo apenas a preocupação com o utensílio como elemento cronológico, esse estudante ou estudioso da área, curioso ou qualquer que seja o termo, deverá pensá-lo como objeto de estudo, quer seja estético ou prático; seu instrumento de trabalho (o pensamento, a lucidez, o compromisso, a missão) deverá atentar-se sempre para o fato de que há naquele objeto mais que pensamento; há valores de uma cultura que precisa do presente para gerir novas culturas e tornar as fronteiras do conhecimento menos amargurante para quem precisa desses valores para se reencontrar com suas incertezas históricas no futuro. Portanto, o estudo é ainda mais sério; passa por investidas intelectuais significativas como ser um estudante que gosta de ler, por exemplo, ─; ler para conhecer, ler para ter um posicionamento, ler para melhor se informar, ler para ser em detrimento do ter somente, como causa e efeito do possuir como poder de uso e desuso para usufruto dos saberes. Como vinha pensando, a Arqueologia Moderna se bricola com outras disciplinas. Trabalha sempre com o horizonte conceitual de que precisa estabelecer cronologias, datar objetos, descrever costumes, escrever histórias... Para tanto, precisa se certificar de outros saberes para chegar a resultados como datações que precedem ora da Física (carbono 14), ora da Geologia (técnicas geológicas), ora da Paleontologia (restos faunísticos), ora da Sociologia, Geografia, Demografia, Economia e Ciências Públicas ─; quando o que se quer for reconstruir formas de vida para pensar a sustentabilidade ou o contrário. E o resultado disso uma Enciclopédia disse-me outro dia: “Na atualidade, os arqueólogos dedicam sua atenção aos materiais recentes e investigam os resíduos e os depósitos urbanos, originando a denominada Arqueologia Industrial”.
É visível que o Ofício do Arqueólogo não é fácil, visto que há uma demasiada preocupação em salvaguardar princípios, preconceitos, relações de poderes e conflitos pessoais que destroem relações e até sonhos muito antigos. Tudo isso aplicando etapas. O Pesquisador Argentino Andrés Zarankin (2002, p. 27) afirma: “Como arqueólogos, criamos um discurso sobre o passado traduzindo objetos em discursos. Para isso os articulamos de modo que essas características do passado tenham coerência e sentidos para nós. Trabalhamos com coisas mortas que ressignificamos continuamente e fazemo-las contemporâneas, para depois matá-las ao congelá-las num discurso estático sobre o passado (...)”. É como estudar por decapagem, mas o trabalho é reconfortante; requer vontade, transcendência, paixão, romantismo, coragem para “matar leões todos os dias. Ou seja, superar diferenças, olhar para frente, conviver e unir inteligência com prudência para se ambientar ao “Mundo Perdido”, que por sinal foi o primeiro grande romance de aventuras arqueológicas de Arthur Conan Doyle ─ criador do Sherlock Holmes ─ a primeira influência romanesca dos grandes exploradores. A Arqueologia é isso, “um museu de grandes novidades”.
Enfim, a proposta deste ensaio crítico foi dirigida e pensada para enfatizar os elementos que fundamentam o Currículo como abordagem para a Formação do Arqueólogo, e está dividida em três seções onde é possível perceber já na Primeira Seção que há uma tentativa em tecer as primeiras ligações teóricas entre os processos que compõe os laços entre o lugar social da Educação como espaço formativo. É aí onde se apresentam as tessituras que enfatizam o Arqueólogo com Intelectual, sendo prioritário pensar os lugares da transformação, para compreendermos a dimensão do território social e discursivo do Currículo e das propostas para a formação do pensamento arqueológico.  Na Segunda Seção pode-se perceber, através da análise das teorias do currículo que abordagens se aplicam ou podem ser aplicadas nos espaços formativos das Universidades para adequar o tempo arqueológico às novas aprendizagens, quando se faz necessário pensar a cultura do homem contemporâneo sem desprezar os conceitos produzidos pela cultura material dos povos do passado, servindo para unir teoria e prática no contexto multicultural onde se localizará o trabalho prático do arqueólogo como cientista na ânsia de alcançar explicações para os dados a serem obtidos em pesquisa de campo, objetivando unir técnicas de interpretação a explicações científicas que servirão para descrever os processos que instrumentalizaram o campo da pesquisa em sala de aula. Na Terceira Seção, são descritos os procedimentos de análise do poder estabelecido no Campo Científico como elemento de contextualização para a reflexão crítica sobre os instrumentos aplicados nestes nichos sociais responsáveis pela transformação da cultura como objeto de análise do passado, tendo em vista o objetivo que trazer é para o presente, elementos que transformem o pensamento do homem contemporâneo. O ensaio se amplia com as Considerações Finais, onde os reflexos práticos do ensaio trazem para o centro da discussão a fundamentação teórica, contemplando as reflexões alcançadas através de conhecimentos adquiridos nesse estudo, fazendo um breve passeio pelo lugar social do arqueólogo com educador, na função que exerce frente aos desafios propostos à Educação para o século XXI. 
 
O Arqueólogo como Intelectual Transformador no Contexto da Formação. 
 
Ao que parece, vivemos numa época de notáveis transformações no modo de pensar, agir e sentir. Modelos teóricos e quadros referenciais norteiam o pensar ordenando-o dentro de sistemas de valores através de um conjunto de normas, elaborados para regimentar o comportamento humano, nem sempre coerente, pautado por valores que se tornam a cada dia obsoletos. Muito se fala, atualmente, sobre a nova sociedade que se estrutura para o século XXI e para os séculos seguintes. Aqui assumimos o compromisso de discutir as questões que interessam às mudanças cruciais ocorridas nas últimas décadas, no território da Educação, trazendo consigo a necessidade de repensarmos de forma profunda a estrutura curricular de nossas Instituições de Ensino Superior. Para isso, a abordagem imediata que se faz neste inicio de milênio propõe resultados para um período muito singular: as simultâneas revoluções tecnológicas e o acesso massificado à informação. A seguir, são analisados os efeitos desses fatores nas instituições de ensino, tendo como reflexo as questões que se colocam na ordem dos novos currículos para uma sociedade do conhecimento como razão pedagógica, se propondo a compreender os enunciados teóricos que documentam os diferentes olhares que estruturam nossos currículos em Instituições de Ensino Superior, preocupando-se em pensar os desafios significativos para a contemporaneidade através dos novos rumos que a Educação enfrentará no século XXI, tendo como eixos centrais o domínio técnico numa época em que a produção do conhecimento tornou-se crucial para o desenvolvimento econômico e social. Daí a importância de se repensar o lugar da escola, o lugar do educador e o lugar do fazer pedagógico. Para que se alcance esse objetivo é preciso tornar claro para todos os educadores quais são os pressupostos epistemológicos que fundamentam suas crenças a respeito da Educação. Mas do que defender posições, a delimitação de problemáticas ligadas ao ensino tem tentado estreitar os laços que unem a formação do formador e, neste caso, em especial, os Cursos de Arqueologia enfrentam ao mesmo tempo dilemas que extrapolam os focos de interpretação filosófica, sociológica, antropológica e política, quando questões disciplinares não atingem o campo multidisciplinar.
Vivemos uma época em que a produção do conhecimento tornou-se crucial para o desenvolvimento econômico e social. Conceitos como sociedade do conhecimento, economia do conhecimento, gestão do conhecimento e sociedade aprendente são amplamente utilizados para caracterizar a sociedade do século XXI como uma sociedade relativa à informação. Contudo, a Educação Nacional está em crise porque os atores do campo educacional, e diga-se da passagem, muitos educadores não tem se preocupado com as prioridades que servem para elevar a autoestima e ampliar as aprendizagens a um patamar que dê formação e conhecimento suficiente a toda a comunidade acadêmica para enfrentar as dificuldades oriundas da inserção dos novos saberes em uma globalidade de acontecimentos que atende pelas novas tecnologias inseridas no mundo real.
No geral, o que se percebe publicamente é a influencia de economistas que supervalorizam e quantificam dados propostos como políticas educacionais, definindo as metas de projeção, em detrimento da posição política dos educadores quando são deixados de lado, no intuito de pensarem conjuntamente os valores para melhorar o cotidiano nas escolas, através de políticas de inclusão e qualificação. Lacan enfatiza: “(...) Só é ensino verdadeiro aquele que consegue despertar uma insistência naqueles que escutam, este desejo de saber que só pode surgir quando eles próprios tomarem a medida da ignorância como tal – naquilo em que ela é, como tal, fecunda – e isto também vale para aquele que ensina”. (1985. p.260). Portanto, falar de Educação é basicamente trabalhar com o conhecimento. Se nem sempre a Formação prima pela precisão conceitual e rigor analítico, esta mesma Educação deixa claro que seu objetivo não pretende querer explorar uma abordagem curricular que se mistura aos diversos registros propostos pelas profundas marcas impostas pela sociedade contemporânea ao se alicerçar na fluidez dos processos que desterritorializam os sujeitos e suas representações simbólicas.
 
A Formação do Arqueólogo: Uma Abordagem do Currículo. 
 
Por meio do exame conceitual dos diversos campos do saber, a Educação possui um sentido transversal que a ela é proposto para tratar das atuais construções do indivíduo, do sujeito e dos diversos “eus” que se colocam na ordem dos fatores psicológicos. Nisto o Currículo Crítico integra os diferentes campos do Fazer Pedagógico para propor através transdisciplinaridade um ensino não fragmentado, oportunizando os sujeitos aprendentes a pensarem com autonomia a coisa pensada, objetivando formar conceitos a partir de grandes pontos de vista, tendo em foco o surgimento de novas maneiras de sentir. E, para tornar mais evidentes as mudanças por que passam as concepções de eu, de sujeito e de indivíduo, se faz necessário dialogizar os processos, contrastando assim o estudo do ser humano dos dias atuais com o de outros tempos históricos. (MORIN, 1997. p. 165).
O homem necessita de informações para poder sobreviver num mundo gerenciado por tecnologias que a cada novo dia se renova, se aperfeiçoa. Então, como a Educação pode formar homens críticos para enfrentar esse novo padrão de vida? Desde a Revolução Industrial, na Inglaterra, que o ser humano passou a disputar com máquinas um lugar no mercado de trabalho. Estamos na chamada era da revolução tecnológica, onde a máquina se modernizou, foi aperfeiçoada e começa a assumir o lugar de milhares de homens no mercado produtivo. Com isso, os conceitos de Educação tiveram que mudar.  Dilemas são enfrentados todos os dias no ambiente das salas de aula e, um dos mais complexos é o fato do educador muitas vezes não dominar uma prática discursiva coerente com seus anseios políticos, que lhe dê motivação para enfrentar problemas básicos como: pouca familiaridade com o ambiente escolar; falta de prática pedagógica e contato insuficiente com as diversas modalidades de ensino. O processo educativo só se transforma em prática consciente quando o Educador reflete sobre suas concepções e é capaz de justificá-las para a comunidade em que está inserido com uma ação que precede uma reflexão desta mesma ação. (NÓVOA, 2001. p. 174).
Retraçar a história do sujeito através dos processos formativos, apontando os modos pelos quais ele expressa sua vivência existencial, é um dos propósitos teóricos do Currículo Crítico. Ele se propõe a mostrar que os processos formativos podem estreitar a relação conceitual entre realidade e subjetividade, quando por meio do ensino multidisciplinar o educador amplia a visão que se tem da própria condição humana frente às incertezas que se colocam historicamente no tempo das suas próprias contradições, fazendo da Educação um Território de Resistência capaz de alargar os horizontes conceituais para mediar dúvidas, refazer caminhos, reconhecer no mundo complexo as fraquezas do indivíduo quando o mesmo é levado a perceber em que medida certos comportamentos e certas práticas acabam por estruturar certo modo de ser do indivíduo, do sujeito e do eu. O indivíduo hipermoderno é levado também a se dar conta de sua atual condição no meio em que vive porque é cobrado a perceber-se como sujeito que trabalha o intelecto para transformar sua própria relação com a subjetividade. (GUATTARI; RONIK, 1996. p. 27/33).
Nisto, é importante lembrar que o discurso emancipatório da Modernidade Tardia se baseava na apropriação conceitual de dois pilares: a) a vigência da sociedade do trabalho; b) a justificativa da existência do ser social como um sujeito consciente de sua individualidade, que não se priva do convívio em sociedade. Alguns diriam que este projeto de emancipação humana fracassou, por se concentrar apenas no processo técnico, tendo como resultado final a degradação social. As novas competências, lançadas pelos teóricos da nova sociologia da educação expõe a necessidade primordial de se pensar os sujeitos transformadores como intelectuais para enfrentarem a situação exposta com intervenções efetivas que podem ser obtidas a partir da compreensão do desenvolvimento humano e dos processos das aprendizagens significativas que transformam saberes culturais em saberes políticos e sociais, exigindo da sociedade do conhecimento, mais acesso à informação e um constante aprimoramento nas relações entre individuo e sociedade. (GIROUX, 1997. p. 166).
Uma característica fundamental da abordagem do Currículo Crítico como teoria pedagógica no debate contemporâneo na educação, é a preocupação com os sujeitos em situação de aprendizagem. No entanto, ocorre uma profunda incoerência no ato educativo quando educadores, entre espaços públicos e privados, não conseguem atingir os princípios da Educação Humanística e, em decorrência da forte psicologização da chamada sociedade Pós-moderna fazem do ato formativo uma mera reprodução de valores arcaicos e conservadores, assim como reforçam mecanismos e modos de funcionamento coletivos e institucionais, sem se preocupar com a desinstitucionalização que amplia o desencantamento e a ausência da significância. O exposto evidencia que numa sociedade onde o conhecimento é a mola propulsora para o desenvolvimento pessoal, a mudança nos Currículos das Universidades servirá para enfrentar e frear o isolamento e a massificação do indivíduo, sua intensa instabilidade emocional, sua inconsistência humana. (HAROCHE, 2010).
 
As Relações de Poder no Campo Científico. 
 
Sob o efeito da aceleração e da globalização, as maneiras de sentir a subjetividade em tempos de crise, no duplo sentido do termo, transformam-se tanto que sua relação com o presente quanto com o passado ou com o futuro alteram a formação do Arqueólogo para o mercado de trabalho sem a preocupação de formá-lo para a vida. Exemplo disso é o caráter transitório e fugaz dos vínculos que se criam pela formação através dos espaços formais do Campo Científico. Com a diluição das fronteiras entre o mundo real e os mundos vividos nos ambientes virtuais de aprendizagem, multiplicam-se sujeitos individuais, instáveis e efêmeros. (BAUMAN, 1998).
          Por outro lado, a busca de visibilidade, que acaba por se converter em sinônimos de legitimidade, põe em cena indivíduos intercambiáveis e prontos a serem instrumentalizados por uma Educação incoerente que muitas vezes deixa a própria formação à deriva dos próprios sujeitos, sublinhando que a exteriorização do ser humano acarreta o estreitamento da consciência, e as conseqüências variam conforme os interesses, evidenciando o empobrecimento cultural dos espaços formativos.
Elemento central neste debate merece o lugar do desengajamento, pois reforça a visão que se pode ter da crise que se criou no forte jogo de aparências entre os diversos campos do saber arqueológico ligados ao poder e a dominação como mecanismos de alienação e humilhação imposto pelas ações curriculares, constituindo importante implicação para o entrave na reflexão como ação transformadora. (HAROCHE, 2010).
Pensando nisto, a Pedagogia ocupa-se das tarefas de pensar a formação humana em contextos determinados por marcos espaciais e temporais e, neste ensaio crítico se oferece a refletir o Campo Científico investigando-o como objeto, implicado em considerações que se propõe às mudanças significativas da realidade atual que se mostra ao mesmo tempo homogêneo e heterogêneo, afetado pelos sentidos e significados que indivíduos e grupos impõem à criação de múltiplas culturas, múltiplas relações, múltiplos sujeitos. (LIBÂNEO, 2005. p. 15).
Aos que se ocupam da educação como campo científico, é requerido que façam opções pedagogias, ou seja, assumam um posicionamento sobre os objetivos e modos de promover o desenvolvimento e a aprendizagem de sujeitos inseridos em contextos socioculturais e institucionais concretos. Os Arqueólogos, tanto os que se dedicam à pesquisa quanto os envolvidos diretamente na atividade docente, enfrentam uma realidade formativa imersa em perplexidades, crises, incertezas e pressões sociais que dissolvem crenças e utopias. Exigem-se muito do Campo Científico em todos os níveis, grupos e segmentos sociais, mas há cada vez mais dissonâncias, divergências e múltiplas variedades de interesses e pensamentos, envoltos em diagnósticos nem sempre verdadeiros que se fundamentam e se elevam como verdades absolutas através de posicionamentos e soluções nem sempre verificáveis.
O referencial mostra que aos poucos, um novo contexto vai se estabelecendo como uma ponte entre a fantasia e a realidade gerando conceitos atitudinais recorrentes e producentes por meio do campo disciplinar. Edgar Morin amplia a reflexão: 
 
(...) É verdade que os estudantes começam a sair mais de casa e passam a ter outros interesses, mas um dos principais motivos é que os professores tornam a Literatura chata, decupando-a em partes pequenas e analisando minuciosamente o seu vocabulário, em vez de dar mais valor ao sentido do texto, à sua ação. (2003, p. 21).
 
Talvez a ressonância mais problemática disso se dê na sala de aula, onde decisões e conceitos nem sempre convergem para uma reflexão apropriada ao contexto interdisciplinar; também é no ambiente formativo que se efetivam ações imediatas e pontuais, que precisam legitimar a motivação latente ao Fazer Pedagógico pelo Fazer Arqueológico, visando promover mudanças qualitativas no desenvolvimento e na aprendizagem dos sujeitos em situação de formação. Pensar e atuar no Campo Científico de qualquer área nem sempre é favorável aos preceitos do que se acredita, enquanto atuação e atividade social que anseia por mais humanização, implicando novas configurações, responsabilidade social e ética não apenas no ato do fazer, mas no porquê fazer, como fazer, quando fazer.
 
(...) Para uma renovação do ensino, precisamos não só de uma renovação epistemológica dos professores, mas que essa venha acompanhada por uma renovação didático-metodológica de suas aulas. Agora não é só uma questão de tomada de consciência e de discussões epistemológicas, é também necessário um novo posicionamento do professor em suas classes para que os alunos sintam uma sólida coerência entre o falar e o fazer (...). (CARVALHO, 2011. p. 21).
 
Outra questão problemática nas relações de poder no Campo Cientifico, refere-se a conseqüências impostas pelos diferentes grupos quando da acumulação de conhecimentos científicos e técnicos produzidos pela Modernidade. Entre elas, a mais típica foi a constituição de campos disciplinares isolados, fragmentados, ignorando o conjunto de que faz parte e a perda de significação entre o sujeito que aprende e o sujeito que ensina. Com isso, a própria sociedade científica passou a reproduzir essa fragmentação, dissociando a cultura escolar da cultura dos valores que se irmanam pela economia e pela política, formando o grande sistema de valores ao qual todos os agentes de transformação estão bricolados. (LIBÂNEO, 2005. p. 22).
Edgar Morin é tácito em perceber que o Campo Científico e as artimanhas de poder que derivam autoridade, deveriam priorizar mais o ensino das complexidades, que destaca a mudança na forma de pensar, pelo campo transdisciplinar, para ampliar os diversos pontos de vista que se associam aos diferentes “feudos científicos”, pois a construção dos saberes transdisciplinares ampliaria a compreensão da organização social de cada campo ou área de atuação a ser estudada, tendo bastante sintonia com as principais questões políticas de cada contexto abordado em sala de aula através das teorias, tendo em vista a importância do ensino contra-fragmentado. Sua observação vai muito mais longe ao falar ao professor sobre suas responsabilidades:
 
O professor deve ter consciência da importância de sua disciplina, mas precisa perceber também que, com a iluminação de outros olhares, vai ficar muito mais interessante o seu trabalho. O professor pode procurar ter essa cultura menos especializada, enquanto não existir uma mudança na formação e na organização dos saberes. O professor de Literatura precisa conhecer um pouco de história e de psicologia, assim como o de matemática e o de física necessitam de uma formação literária. Hoje existe um abismo entre as humanidades e as ciências, o que é grave para as duas. Somente uma comunicação entre elas vai propiciar o nascimento de uma nova cultura escolar, e essa, sim, deverá perpassar a formação de todos os profissionais da educação. (MORIN, 2009, p.22).
 
Algumas correntes modernas no Campo Científico tentam rearticular seus discursos face às transformações que marcam a contemporaneidade, e nesta sociedade do conhecimento os diversos territórios do referido campo de atuação científica tem construído denominações para falar pelo poder e pelas contradições. Michel Foucault acredita que o pensamento contemporâneo cria um processo de ruptura com a Modernidade, marcado pelas contradições nas relações de poder e admite ser possível, em função das freqüentes crises na formação do pensamento, o homem moderno viver numa condição Pós-moderna. Através das relações de poder, o Filósofo Michel Foucault acredita ser possível a luta contra padrões de pensamento e comportamentos.
Foucault trata as contradições do pensamento principalmente quando estas não estão localizadas em uma instituição, mas quando reprime e produz efeitos de saber e verdade. Ele estudou o poder não para criar uma teoria, mas para identificar os sujeitos atuando sobre outros sujeitos. 
 
(...) Trata-se de captar o poder em suas extremidades, em suas últimas ramificações (...) captar o poder nas suas formas de instituições mais regionais e locais, principalmente no ponto em que ultrapassando as regras de direito que o organizam e delimitam (...). Em outras palavras, captar o poder na extremidade cada vez menos jurídica de seu exercício. (FOUCAULT, 1979. p. 182). 
 
No que se refere ao poder, ainda sob a análise de Foucault, existe um triângulo em que cada item mencionado (poder, direito e verdade) se encontra nos seus vértices. Neste triângulo, Foucault vem demonstrar o poder como direito, pelas formas que a sociedade o coloca em pleno movimento, ou seja, se há rei, há também súditos, então há quem opere o controle pela obediência. O poder como verdade vem se instituir, ora pelos discursos, ora pelos movimentos dos quais se tornam vitimados qualquer relação que se constitua pela ordenação a qual se submete um organismo numa organização, que por vezes deriva da consciência e da reflexão.  O próprio Foucault sentencia: 
 
(...) Para assinalar simplesmente, não o próprio mecanismo da relação entre poder, direito e verdade, mas a intensidade da relação e sua constância, digamos isto: somos forçados a produzir a verdade pelo poder que exige essa verdade e que necessita dela para funcionar, temos de dizer a verdade, somos coagidos, somos condenados a confessar a verdade ou encontrá-la. (FOUCAULT, 1999. p. 29). 
 
Michel Foucault normalmente define o poder, ainda sob a análise das relações que marcam o advento da Modernidade, por meio de uma dicotomia entre os dois modelos maiores de funcionalidade das relações que se estabelecem pelo poder: o “bio poder” e a “biopolítica”, um é soberano e o outro é disciplinar. O primeiro ocorre desprovido de centro e é disseminado por parecer vir de todos os lugares, operando em várias direções e atuando em várias instancias e níveis, é o chamado poder horizontal. Por não ter centro, ele aparece como impessoal, como não exercido em nome de alguém, um poder de estruturas que submete a todos sem distinção, daí por que Foucault chama de “poder disciplinar” que constitui o “biopoder”. (FOUCAULT, 2010).
O biopoder interessa a Foucault principalmente devido à sua capacidade individualizadora, o Filósofo tende a pensar que o efeito maior do poder disciplinar é o que poderíamos chamar de remanejamento em profundidade das relações entre singularidade somática e indivíduo. Já a biopolítica pode ser compreendida por entre os impasses que se criam para entender o que se esta em jogo, quando as relações se tornam cada vez mais indissociáveis, mas reflete a compreensão do todo pelo singular. (FOUCAULT, 2010).
É neste contexto que se devem ler as relações de poder que se configuram pelo Campo Científico, pois o que se quer entender é como se desenvolvem as razões governamentais que não estão diretamente vinculadas à razão de qualquer natureza, quer seja a que delibera ou a que opera o sistema de perpetuação dos interesses, mas que, ao contrário, parecem como um peculiar princípio de ordenação. Esta razão será indissociável do desenvolvimento interventor dos mecanismos de vigilância e controle, mesmo quando a pauperização e a desigualdade estejam a favor dos interesses bilatérias. O Campo Teórico precisa mostrar como o desenvolvimento da cientificidade opera em sua própria defesa, estabelecendo fatores que são fundamentais para assegurar a auto-limitação do poder estabelecido. Neste sentido, o Campo Científico cria condições para o pleno funcionamento das técnicas, da aprendizagem e da educação. Ela será maciça no campo social e discreta nos processos diretamente econômicos.
 Nesta perspectiva, pode-se entender o poder como uma ação imposta sobre outras ações. Foucault discorre sobre as relações de poder impostas, seja pelas instituições ou pelos discursos, ambos fortemente marcados pela disciplina que traz consigo uma maneira específica de punir pela vigilância. (FOUCAULT, 2008. p. 149). É pela disciplina que as relações de poder se tornam mais facilmente observável, pois é por meio da mesma que se estabelecem as relações opressor-oprimido, mandante-mandatário, persuasivo-persuadido, e tantos quantos se estabeleçam e exprimam relações de comando e comandados. (FOUCAULT, 2008. p. 149).
Nota-se que não se trata de tentar imprimir o óbvio pensando em corrigir efeitos destrutivos no Campo Científico sobre a sociedade da informação. Pretende-se entender como esta mesma sociedade se comporta diante da dinâmica concorrencial e mercantil. Para tanto, será necessária uma verdadeira engenharia social capaz de formalizar todas as tarefas da vida pública a partir da esfera local quando propuser algo para os saberes globais como interferência do singular para o geral, trocando sempre a unidade elementar do enfrentamento pelo aspecto dialógico da intervenção entre o conhecer, o compreender, o humanizar e o transformar. É papel do Campo Científico é estreitar as relações entre os diferentes saberes para valorizar investimentos e garantir sua aplicabilidade no aspecto da Formação de outros modelos, quando a condição humana der efetivamente lugar a uma condição pós-moderna. 
 
Considerações Finais. 
 
A discussão deste ensaio assumiu como finalidade refletir sobre algumas questões que pontuam o Fazer Pedagógico pelo Fazer Arqueológico, quando é necessário pensar a formação dos novos arqueólogos pelo prisma das abordagens críticas que passam pelo Currículo e são definidas no cotidiano da sala de aula pelo Projeto Político Pedagógico de cada Instituição de Ensino ao serem elaborados os eixos centrais do debate formativo que tem na sala de aula o apoio teórico que facilitará as relações de compreensão e aprendizagem para o trabalho de campo.
Neste cenário, para que se alcance o objetivo proposto foi preciso trazer para o campo reflexivo os principais pressupostos epistemológicos que norteiam o Currículo Oficial em tempos em que é preciso atender aos apelos de subjetividade que expressam os sentidos da crise e do colapso nas perspectivas do mundo moderno.
É evidente que quando se propõe compreender os enunciados teóricos que documentam os diferentes olhares que estruturam nossas instituições de ensino, há uma preocupação maior em se fazer entendido sobre o papel que cada educador exerce no ato formativo e, isso, ainda é no Brasil uma questão muito melindrosa, devido ao fato da classe professoral ter pouca tradição no que tange pensar os sujeitos como sujeitos históricos responsáveis pelas suas próprias incertezas. É fato que diferentes olhares sobre o mesmo foco educacional dividem muitos educadores, mas é preciso dar sentido à formação desses diversos olhares para se alcançar os desafios significativos da profissão do arqueólogo para a contemporaneidade entendendo os novos rumos que a Educação se propõe, através do currículo sistematizado, tendo como objetivo o enfrentamento já agora no século XXI, dos problemas que assolam a formação atendendo o que pede os eixos centrais desse debate social, quer seja o domínio técnico numa época em que a produção do conhecimento tornou-se crucial para o desenvolvimento econômico e social, quer seja a própria formação como condição de ascensão. Daí a importância de se repensar o lugar da Universidade como espaço de subjetividade e seus dispositivos de controle instituídos pela Razão Pedagógica, porque esse espaço é fruto da conquista social travada ao longo de décadas, onde o mesmo espaço que demanda subjetividade já foi pensado como espaço de domesticação e hoje cumpre o papel de trazer a realidade para dentro dos seus adornos para falar a ela sobre mudanças em tempos de crise.
Portanto, é função de educadores e sociedade pensar essas questões para inclusive melhorar a forma de atuação dos diversos profissionais que se formam nas Universidades Brasileiras tendo como perspectivas o mercado de trabalho e sua tão almejada ascensão social, que deve ser gerida para contribuir com as diretrizes propostas pelo Plano Nacional de Educação, quando o mesmo enfatiza que a prioridade maior é o desenvolvimento regional com sistematicidade, equidade e potencialidade. O Ofício do Arqueólogo é crucial nesta empreitada que atende pela necessária compreensão do todo em detrimento de uma pequena compreensão do singular e, numa perspectiva educacional, somente o protagonismo e as iniciativas coletivas poderão garantir que subjetividade em tempos de crise possa transformar o presente que é tão contraditório, em um futuro com mais esperanças através da Educação como Prática da Liberdade.
 
 
Referências Bibliográficas. 
 
BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. – Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2000. 
 
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segunda-feira, 11 de março de 2013

Alunos do PARFOR/UESPI Mobilizam Intervenções em Escolas Públicas para Orientarem Mudanças na Realidade Escolar da Macro-Região




Grandes Dias!!!!!!!!!


Sexta-feira (09/03) O Professor Gênesis Naum de Farias proferiu Conferência na Escola Madre Lúcia para Professores e comunidade onde tratou sobre A Importância do Projeto Político Pedagógico na Gestão Escolar Como Proposta de Intervenção da Realidade Escolar, foi um sucesso.

Já no Sábado (10/03) a UESPI o acolheu para a culminância das exposições dos trabalhos dos alunos do PARFOR que através da disciplina Práticas Pedagógicas Interdisciplinares V o convidou para proferir conferência sobre Olhares Contemporâneos sobre a Educação: Gestão Participativa como Proposta de Intervenção na Cultura Escolar. Sucesso Total.